Quem é meu Presidente da República?

02/03/2019

Depois de passar um problema de saúde ontem, hoje dia 01 de março de 2019, estou por volta em escrever um novo artigo de opinião.

Não nego que é sempre um desafio, pois minha deficiência da norma culta da língua portuguesa me desmotiva, porém, após ouvir de uma companheira de caminhada, que escrever é um ato revolucionário, o desafio se tornou uma motivação. Motivo?

Para mim, quando escrevo é quando coloco o que está me incomodar para fora, me dá mas gás de continuar caminhada, com os acertos e erros.

Já tem umas duas semanas que estava escrevendo um artigo, que tinha o intuito de construir uma reposta para a seguinte pergunta: onde está a proposta dos trabalhadores e trabalhadoras para a reforma da previdência, tributária, política, justiça e da comunicação?

Porém quando vi José de Abreu, artista que admiro muito, tanto por seu profissionalismo como também seus posicionamentos políticos, tinha se proclamado presidente do Brasil, no primeiro momento me revoltou e depois me fez refletir.

Entender que é uma nova forma de contestar o que está sendo encaminhado e aprovado como perda de direitos, entrega de patrimônio público e aumento de corrupção é valido.

Porém...

É este, porém que me fez apagar o que já estava escrito, e iniciar este artigo de opinião.

É fato para quem teve a paciência de assistir todos os depoimentos, tanto do LULA, como de todos os que foram ouvidos, algo que eu tive paciência de assistir, que a prisão dele foi puramente política.

E se ampliarmos a visão como um todo, principalmente o que aconteceu de 2016 até hoje, existiu toda uma construção política e judiciária, para que o projeto popular para o Brasil não se insere na disputa e ganha-se as eleições. O que confirma quando observarmos atentamente nos discursos do próprio Lula, onde ele descreve que teríamos um governo com pulso mais forte em relação ao combate a corrupção, geração de emprego e proteção do patrimônio público.

Neste mesmo período, a busca de libertar o Lula desta prisão política se mostrou fracassada, pois estava (e está) sendo usado até hoje as mesmas armas que foram utilizados para prendê-lo.

Falta entendermos que não são com as mesmas armas que iremos solta-lo. Mas quais as armas deveríamos utilizar?

Antes precisamos entender porque solta-lo? Eu respondo por mim:

Ele está na prisão porque fomos ousados em sair da senzala e conquistarmos o poder político do país.

Ele está na prisão porque ele foi ousado em abdicar em ter uma vida normal, como qualquer brasileiro, e se prontificou em ser o representante de nossa ousadia.

Enquanto seguimos com nossas vidas, com todos os problemas, um inocente está pagando a ousadia de todos os trabalhadores, sendo privado do convívio da família, e sendo forçado a conviver com a ausência da esposa provocado por toda esta carga.

Talvez você retira um item, ou acrescente outros itens, mas vejo desta forma, e a cada dia eu me convenço que a libertação do LULA da prisão é mais que uma questão de justiça para ele, mas de todos os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros e de todas as nacionalidades, que são subjugadas pelo capital financeiro.

Mais infelizmente se percebe que os movimentos sociais, sindicais e partidos políticos estão em sua maioria, optando por deixar a luta de retirar lula da prisão, para outras pautas, pois hoje é mais "amigável".

Mas enquanto isso, o LULA está preso.

Mas enquanto isso, o trabalho digno está preso.

Mas enquanto isso, o direito de desfrutar a vida está preso.

Mas enquanto isso, a libertação da escravidão está presa, em Curitiba.

Mas enquanto isso....

A corrupção está livre.

O racismo está livre.

O Feminicídio está livre.

A entrega do patrimônio público está livre.

E o Queiroz?

Sim, para mim, Claudio Rodrigues Nunes, Luís Inácio Lula da Silva é, meu presidente. E estou na rua e em todos os lugares declarando. Esta é a arma mais eficaz. É esta arma que iremos sair novamente da senzala e conquistar o que é nosso direito: Liberdade.