Déjà vu
Olá meus amigos e amigas que me acompanham nos meus perfis do Facebook (www.facebook.com/claudionunespetroleiro), no Instagram (@_claudionunes_), no Twitter (@web_carioca), no YouTube (www.youtube.com/channel/UCfqE3HXjIyFJZjClUPUcqrw) e principalmente aqui no meu blog.
Caso não me sigam em todos estes perfis, sugiro que sigam, inscrevam e curtam, para que vocês possam serem avisados dos eventos (lives/ao vivo), pensamentos e artigos que de vez enquanto eu arrisco escrever.

Hoje são 29 de abril de 2020, segundo alguns especialistas que tenho acompanhado, ainda estamos no início da pandemia do COVID-19 no Brasil. Estava aqui desde ontem refletindo sobre as movimentações da política brasileira, sobre a pandemia e algumas especulações fruto destas reflexões.
Nas últimas 3 semanas tivemos dois Ministros de pastas importantes do governo abandonando o barco, cada um a sua maneira e um terceiro sendo colocado a margem da política.
O primeiro que ocupava o ministério da saúde, já estava procurando formas de sair do governo por causa das eleições municipais, que o TSE garantiu que sai este ano. A pandemia acabou oferecendo uma saída oportuna, que de fato ocorreu.
É praxe que no ano de eleições municipais, ministros saem do governo para disputar prefeituras, principalmente a de capitais, como forma construção de pontes políticas para as eleições de 2022.
Mandetta que defendeu o golpe de 2016, o fim da universalização do SUS e o fim dos Mais Médicos, incorporou um discurso totalmente diferente que ele tinha em 2019, entrando em conflito gratuito com o presidente Bolsonaro sem nenhuma preocupação. Entendo que tinha outras formas de dar direção política de saúde p ública evitando o conflito. Mas não havia interesse político de nenhum dos lados.
Ninguém estava realmente preocupado com a nossa saúde.
É lógico que o governo federal não tem a política de pesar a mão mais do que os governos estaduais (basta rever crises anteriores em governos anteriores), onde a melhor saída seria emitir recomendações (e não ordens) de política de saúde, e dando apoio aos governadores e prefeitos que atendessem as recomendações ou até mesmo que endurecesse, de acordo com a avaliação técnica de cada região.
Ninguém está realmente preocupado com a nossa saúde.
Já o segundo, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, o Moro, já estava sendo cozinhado deste o ano passado, com a sangria do poder político do Ministério da Justiça, a falta de apoio do governo no auge das denúncias da Lava-Jato e a falta de apoio ao projeto de lei de anticrime.
Alguns analistas destacam que Moro nunca foi bem-visto pelo congresso, por vários motivos, por isso a falta de apoio as políticas de estado que ele propôs neste período. Mas entendo que houve a sangria por falta de vontade política da cúpula bolsonarista, o deixando isolado, visando as eleições municipais e principalmente a de 2022.
E lembrando, que a saída do Moro vai render muita turbulência no governo e no país. Acredito que prints de Whatsapp, vídeos e áudios vão aparecer em diversos meios de comunicação.
Considerando a forma que o Moro e Bolsonaro fazem política, fico muito preocupado com nosso país, principalmente com os mais vulneráveis. Pois a forma que o Moro e Bolsonaro faz política é altamente ofensiva para a democracia.
Ninguém está realmente preocupado com a nossa saúde.
E o terceiro? Seria o Ministro da Economia. O programa Pró-Brasil apresentando há uma semana não passou pela equipe do Ministério da Economia. E totalmente conflitante com a linha ideológica que o Guedes estava implementando de forma acelerada, que se baseava no estado mínimo.
O resultado é o sumiço do Guedes em pronunciamentos e informações sendo plantadas junto a imprensa que ele se encontrava "avoado", como eu ouvi algumas vezes na CNN e na BandNews, onde seu auge foi aparecer junto com os demais ministros, no pronunciamento do Bolsonaro (24/04) de meia (sem calçado) e de máscara (o único que estava detre todos os ministros).
Na segunda ele apareceu junto ao presidente em uma entrevista coletiva, afirmando que o Guedes tem "carta branca". Mas já conheço esta história.
Não acredito que ele saia do governo como os dois últimos, mas que tende que se afastar cada vez mais até que seja substituído em um momento oportuno.
Ninguém está realmente preocupado com a nossa saúde.
Minha outra preocupação é que estes acontecimentos têm fortalecido a ala militar dentro do governo e um possível golpe militar. Pois informalmente já estamos vivendo e foi evidenciado pela promoção do Programa Pro-Brasil, que foi construído com o grupo de lideranças militares que está no governo.

Hoje já são mais de cinco mil mortos pelo COVID-19, daqueles que já temos o resultado de confirmação, fora aqueles que não fizeram o exame e aqueles que estão aguardando o resultado dos exames.
Infelizmente o poder e a influência política é prioridade para boa parte dos políticos que foram eleitos, em vez de priorizar a proposição de combate ao COVID-19 e liderar a população para se engajar neste combate.
Ninguém está realmente preocupado com a nossa saúde. Até quando permitiremos isso?