A marcha profética pelo direito e pela justiça

Artigo escrito pelo Marco Aurélio dos Santos
Há 55 anos, a Marcha Pelos Direitos Civis marcou um momento histórico na luta do povo negro americano, onde cerca de 600 pessoas marcharam de Selma, cidade do Alabama, até a capital Montgomery, para reivindicar direitos básicos e fundamentais. (wilkipedia).
A marcha de Selma, liderada por Martin Luther King Jr tem muito a dizer para nós hoje, principalmente em tempos em que se usa o nome de Jesus para legitimar o ódio, o acúmulo de riquezas, a violência, a barbárie e opressões. Jesus nunca pediu uma marcha para si, nem precisa de representantes para lhe prestar homenagens. Jesus não busca fama, nem prestígio entre os poderosos. Jesus não quer ser a estrela principal de uma marcha em meio a uma multidão alienada, que se curva ao cristofascismo.
A marcha de Selma é um contraponto à marcha realizada em São Paulo. A marcha de Selma realizou-se na contra mão da vida, na avenida da utopia, nas veredas da paz, da igualdade, do direito e da justiça. Que venham mais e mais marchas como a de Selma. Marchas dos sem teto e sem terra, pelo chão que lhes é de direito, dos LGBT'S em enfrentamento ao preconceito e violência, dos indígenas na luta pelo cuidado da mãe terra e preservação de sua língua e cultura, dos trabalhadores e trabalhadoras por salário digno e direitos trabalhistas, das mulheres vítimas de feminicídio, das crianças pobres em situação de risco, dos negros por sua plena liberdade.
Sigamos em Marcha, nas trincheiras da utopia da vida, em resistência e luta, no subversivo de Nazaré que marchou na Galileia com os excluídos na luta por liberação.

Recomendação do administrador do blog, para leitura sobre a construção da Marcha de Selma: https://revistazum.com.br/colunistas/pb/