Anos atrás, bem antes das igrejas evangélicas conservadoras conhecerem Bolsonaro e apoiá-lo, seus pastores já pregavam uma mensagem fundamentalista, que em seu conteúdo exaltavam o ódio, a divisão e a exclusão dos que se atravessem a pensar diferente da caixinha. Antes de Bolsonaro, a igreja evangélica já criava seus inimigos. Em nome dos "bons costumes" do zelo da doutrina e defesa da família tradicional, os pastores ensinavam a intolerância religiosa e a exclusão dos homossexuais, apresentavam um deus irado, vingativo e violento, que castigava cruelmente os marginalizados, desobedientes pecadores rebeldes.
Por isso, a história registra um número assustador de exclusões e divisões, sobretudo na maioria das igrejas históricas com suas alienantes interpretações da bíblia que exaltam a letra e os rigores da lei em detrimento da misericórdia e do perdão. Assim seguiu também muitos pentecostais e neopentecostais com seus "coronéis do templo". Estes seguimentos através da história da igreja brasileira até hoje se consideram únicos, (forte marca do fundamentalismo), extremamente fechados para o diálogo com outros seguimentos religiosos e não medem esforços para a manutenção de uma espiritualidade superior e individualista, se sobrepondo a outros caminhos de novos diálogos, diversidade e fé.